30 septembre 2008

Sel. Feminina da Africa do Sul, para o Mundial 2008

SELECÇÃO SUL-AFRICANA 2008 :
NILDA COSTA, NATALIE TE VAARWERK, JESSICA TOMÉ, MONIQUE JARDIM, ANABELA PELEIAS, JACKIE JARDIM, PRISCILLA BARRETO, ZANI FOURIE, ZARHAA MOHAMED.
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Ola Pedro,
Envio-lhe o anexo do artigo sobre a participacao da seleccao feminina no proximo mundial, publicado na aultima edicao de "O Seculo de Joanesburgo"
Vitor Silva
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Hóquei em patins:
"Selecção feminina sul-africana, parte esta semana com destino ao Japão, para participar no Campeonato Mundial"

Parte na próxima quinta-feira dia 2, para Akita, Japão, a selecção sul-africana de hóquei em patins (femininos), para participar no Campeonato Mundial.
Fomos surpreender a representação da África do Sul durante uma sessão de treino intensivo no recinto da União Portuguesa.
Começámos por ouvir Joaquim Coimbra, treinador principal da selecção:
“Vamos participar no Mundial do Japão a convite da Federação Internacional. Não podíamos recusar. É um prémio para estas jovens que se têm dedicado ao hóquei em patins. Bem sei que há quem se oponha a esta nossa participação, mencionando a nossa aparente fragilidade. Mas posso afirmar que, mesmo perdendo em campo as nossas jogadoras irão ganhar experiência.
Tenho a certeza que vamos ter uma actuação positiva. Em qualquer encontro, temos vencedores e vencidos. Não concordo com o pensamento negativo. Ir ao Japão foi uma decisão acertada”.

Ana Bela Peleias, uma jogadora de 19 anos afirmou: “Sinto- me feliz, bem como as minhas colegas, com a nossa participação no Mundial. Bem sei que no nosso Grupo contamos com a Espanha e os Estados Unidos. Apesar das nossas limitações, devido à falta de contactos internacionais mais frequentes, vamos fazer o melhor e dignificar o hóquei sul-africano.”
Como é que a Ana Bela entrou para o hóquei?
“Comecei aos seis anos. Sempre gostei do desporto. Pratiquei basquetebol quando era mais nova, mas o hóquei é na verdade a grande paixão da minha vida.”
Portanto está óptimista quanto à vossa participação no Japão
“Por natureza, sou uma pessoa muito positiva naquilo que faço. Como gosto do hóquei em patins, apesar do desnível existente, estou confiante que no regresso, para além das possíveis derrotas, traremos na bagagagem, no nosso curriculo a experiência. Só podemos evoluir se tivermos contacto com o hóquei mais avançado.”
Paulo Costa, treinador adjunto, aproveitou uma interrupção nos treinos para dizer:
“É sempre bom e positivo participar em torneios internacionais. Neste caso é uma oportunidade muito especial, pois trata-se dum Mundial. Quanto às nossas “fraquezas”, teremos de saber ultrapassar a nossa falta de experiência.
Julgo que esta participação é um merecido prémio para as nossas dedicadas jogadoras. Sei muito bem que existe muita gente a criticar a nossa ida ao Japão, afirmando que vamos em viagem de passeio ou de turismo. Discordo totalmente, pois não tenho dúvidas sobre a superioridade das outras selecções. Vamos aprender bastante no Japão!
Se tivéssemos decidido não ir, então sim, seria muito negativo para a evolução do hóquei.
O facto da África do Sul ter poucas oportunidades de participar em jogos internacionais, isso sim, tem prejudicado bastante a nossa selecção.”

Natalie Te Vaarwerk enverga a braçadeira de capitã da selecção. Esta é a terceira vez que participa num Mundial:
“Joguei no Mundial de Portugal, do Chile e agora vou até ao Japão. Noto que estamos a melhorar, não tanto quanto todos nós, jogadoras e a equipa técnica desejaríamos, mas é aceitável. O facto de termos muito poucos contactos internacionais tem afectado a nossa evolução. Há que aproveitar todas as oportunidades que surgem nas nossas vidas”
Sabemos que entrou para o hóquei em 1999, portanto há 11 anos...
“Comecei a praticar desporto numa equipa de futebol em Vanderbijlpark. A Nilda da Costa, minha colega de selecção também jogava futebol.
Um belo dia, decidimos experimentar o hóquei e nunca mais parámos. Já lá vão onze anos e, não existem motivos para lamentações, antes pelo contrário, sinto-me feliz.
Tive a oportunidade de participar em dois campeonatos mundiais. Esta é a terceira vez que sou chamada à selecção.
Sei que nos calhou a Espanha no nosso Grupo, mas apesar do favoritismo lhes pertencer, tudo faremos para dignificar o nosso hóquei, no Mundial do Japão.”
Elizabeth Tomé, é uma dirigente que acompanha a selecção como coordenadora.
“Como verifica, o treino está a correr muito bem, existe muito empenho por parte das jogadoras e da equipa técnica. Todos somos realistas e sabemos das nossas limitações neste confronto internacional. Vamos ao Mundial com a vontade firme de muito aprender.
A ida ao Japão é uma oportunidade que não podemos deixar fugir. Vamos defrontar equipas de um outro patamar. Para além do factor desportivo, estes campeonatos mundiais proporcionam um franco intercâmbio entre todos.
As jogadoras de certeza que mereciam este prémio. Para os treinadores, também vai ser uma boa oportunidade de evoluir, pois vão ter a oportunidade de contactar com outros técnicos, o mesmo sucedendo com os membros da direcção.Todos irão lucrar.
Não podemos viver isolados, temos que aproveitar todas as oportunidades que surgem na vida! A nossa ida ao Japão vai ser positiva!”
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Texto e fotos de ALFREDO CURADO
PAGINA 4 . O SÉCULO DESPORTIVO . 29 DE SETEMBRO DE 2008
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Em nome dos leitores assiduos deste blog, agradeço ao Sr. Vitor Silva o envio desta notícia e desejo as maiores felicidades à Seleção Feminina da Africa do Sul, para este campeonato do Mundo.
Grande abraço a todos /todas ;-)
Pedro Antunes

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