Entrevista de José Manuel Silva, a quem agradeço a amabilidade de ter aceite responder a estas questões, que espero vos permitam conhecer melhor este excelente Arbitro Internacional Português, que eu conheci no Campeonato da Europa de Juniors - St. Omer 2006.
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Nome Hoquistico: José Manuel Silva
Ano de nascimento: 1959
Clube actual: -------
Funções: Árbitro
Clubes que já representou: Assoc. / União Grundig (dirigente / seccionista)
Campeonatos Internacionais em que participou : Europeu de Juniores – 2006 / França & Mundial sub/20 – 2007 / Chile
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Nome Hoquistico: José Manuel Silva
Ano de nascimento: 1959
Clube actual: -------
Funções: Árbitro
Clubes que já representou: Assoc. / União Grundig (dirigente / seccionista)
Campeonatos Internacionais em que participou : Europeu de Juniores – 2006 / França & Mundial sub/20 – 2007 / Chile
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Pedro Antunes – Bom dia José.
Tive a sorte de te ver actuar e ter como árbitro em alguns dos meus jogos, no Europeu de Juniores em St. Omer 2006, no qual eu era Seleccionador da Suiça.
Antes de mais, gostava que me deixasses a tua opinião sobre a minha equipa naquele europeu (se é que ainda te lembras), a nível de jogo jogado e a nível disciplinar.
José Manuel Silva - Tive a grata oportunidade de te conhecer pessoalmente aí, pois sabia que o treinador da selecção Suiça era português. Fiquei deveras impressionado com o valor técnico da tua equipa, recordando dois dos seus jogos que arbitrei: frente a Espanha e o seu último desafio desse Europeu perante a selecção Italiana para a atribuição do 3º / 4º lugar, jogo esse que para mim foi dos melhores de toda a competição e no qual perderam injustamente por 2-1 a escassos segundos do final da partida. A nível disciplinar nada de anormal numa equipa que mostrou ser conhecedora das leis do jogo.
P.A. – Senão… Como é que vieste «aterrar» ao Hóquei em patins?
J.M.S. - Sempre fui um aficionado do H.P. e quando a equipa de Hóquei da Grundig começou a jogar num pavilhão perto da minha residência os seus dirigentes vendo que eu estava sempre presente nos jogos e nos treinos convidaram-me a fazer parte da equipa directiva.
P.A. – Como é que nasceu essa vontade para ser arbitro ?
J.M.S. - A vontade de querer sempre saber mais acerca das regras e regulamentos ao mesmo tempo que poderia ter uma participação mais activa na modalidade que gostava.
P.A. – Para que as pessoas te possam conhecer melhor, qual foi o teu percurso hoquista, desde que começaste com este desporto?
J.M.S. - Apenas no dirigismo da Grundig durante cerca de 10 épocas.
P.A. – Que importância tem para ti o Hóquei em patins e que tempo te ocupa durante a semana?
J.M.S. - A oportunidade de participar mais activamente na modalidade que gosto e os amigos que se fazem no dia a dia das competições.
Além de uma ou outra corrida semanal é necessário ainda algum tempo para rever regras e regulamentos.
P.A. – Quais foram os melhores momentos que viveste no hóquei? Tens algumas «anedotas engraçadas», vividas no hóquei para nos contar?
J.M.S. - Alguns dos melhores momentos vividos no H.P. foram a subida ao escalão máximo da Arbitragem Nacional e depois a Árbitro de Categoria Internacional. Momentos inesquecíveis são aqueles que tive a felicidade de usufruir durante os Campeonatos Europeu e Mundial em que participei, pela confraternização, convivência, amizade, etc. entre todos os presentes.
Momentos engraçados há muitos, recordando com um sorriso aquele em que num jogo em Espinho, o meu colega de dupla, quando eu ia a apitar para o início do jogo, passou por mim a correr em direcção do balneário dizendo: “Venho já”. Pensei: “Foi ao WC”, como era seu costume sempre que chegava a qualquer pavilhão para arbitrar algum jogo. Momentos depois regressou e quando tive oportunidade perguntei-lhe porque saíra ao que ele respondeu: “Esqueci-me do apito”.
P.A. – Quais são as maiores dificuldades, que encontra um arbitro de Hóquei em Patins?
J.M.S. - Das maiores são aquelas que se prendem com o desconhecimento das regras e regulamentos, por parte dos adeptos e muitos elementos ligados à modalidade.
P.A. – Há alguma regra em particular, que mudarias para melhorar o hóquei em patins nacional e internacional?
J.M.S. - Embora seja discutível, acho que se dá demasiada liberdade aos guarda-redes “na defesa da sua baliza”.
P.A. – Quais foram as “personagens” do meio Hóquistico que te marcaram mais pela positiva?
J.M.S. - O saudoso Jorge Pauleta, Luís Rei e Rego Lamela. Foi por culpa deles que passei a fazer parte da família da arbitragem.
P.A. – Por todos os clubes em que passei, sempre tive a preocupação de « aconselhar e treinar » também os Árbitros do meu clube. As portas estiveram sempre abertas, para que eles viessem apitar os 30 ou 60 minutos de jogo que fazia no final dos meus treinos. Era aí que eu intervinha para o aconselhar ou corrigir algumas situações.
Viveste essa experiência em algum clube ? Achas que isso também pode ajudar a melhorar o nível dos árbitros em geral ?
J.M.S. - Nunca tive essa oportunidade. No entanto concordo plenamente que isso era óptimo para o Árbitro como o seria também para os jogadores e demais elementos das equipas, pela troca de conhecimentos.
P.A. – Concordas que, se pelo menos os jovens pudessem jogar com capacete (sem isso ser obrigatório), isso também poderia contribuir a uma maior afluência de miúdos para o Hóquei em patins ? Porquê ?
J.M.S. - A lei permite que se jogue com um capacete ligeiro de protecção de plástico ou de couro. Em minha opinião o uso de capacete dá ao H.P. uma imagem mais violenta e era mais um acessório a contribuir para o aumento do custo da modalidade já bastante onerosa.
P.A. – O que é que pensas deste Blog « Patinslover » ?
J.M.S. - Tal como já tive oportunidade de to dizer via e-mail, é através do “Patinslover” que se tem conhecimento e muitas vezes em primeira mão de notícias da nossa modalidade. Obrigado !
P.A. – Uma mensagem que gostarias de deixar …
J.M.S. - Gostava de dizer aos colegas e amigos ligados à arbitragem que não se deixem abater pelas adversidades. Se hoje o jogo não lhes correu como o esperado, o seguinte com certeza será melhor. Acreditem sempre nas suas potencialidades e conhecimentos das regras e regulamentos.
Pedro Antunes – Que outra pergunta gostavas que te tivesse colocado e qual teria sido a resposta ?
José Manuel Silva - Receava que fizesses alguma pergunta sobre a arbitragem, o sistema de classificação dos Árbitros, os observadores, as constantes alterações apressadas e depois anuladas, etc. Ainda bem que o não fizeste, pois iria ser complicado responder ….
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Obrigado pela tua participação e um grande abraço para ti.
Pedro Antunes.
Pedro Antunes – Bom dia José.
Tive a sorte de te ver actuar e ter como árbitro em alguns dos meus jogos, no Europeu de Juniores em St. Omer 2006, no qual eu era Seleccionador da Suiça.
Antes de mais, gostava que me deixasses a tua opinião sobre a minha equipa naquele europeu (se é que ainda te lembras), a nível de jogo jogado e a nível disciplinar.
José Manuel Silva - Tive a grata oportunidade de te conhecer pessoalmente aí, pois sabia que o treinador da selecção Suiça era português. Fiquei deveras impressionado com o valor técnico da tua equipa, recordando dois dos seus jogos que arbitrei: frente a Espanha e o seu último desafio desse Europeu perante a selecção Italiana para a atribuição do 3º / 4º lugar, jogo esse que para mim foi dos melhores de toda a competição e no qual perderam injustamente por 2-1 a escassos segundos do final da partida. A nível disciplinar nada de anormal numa equipa que mostrou ser conhecedora das leis do jogo.
P.A. – Senão… Como é que vieste «aterrar» ao Hóquei em patins?
J.M.S. - Sempre fui um aficionado do H.P. e quando a equipa de Hóquei da Grundig começou a jogar num pavilhão perto da minha residência os seus dirigentes vendo que eu estava sempre presente nos jogos e nos treinos convidaram-me a fazer parte da equipa directiva.
P.A. – Como é que nasceu essa vontade para ser arbitro ?
J.M.S. - A vontade de querer sempre saber mais acerca das regras e regulamentos ao mesmo tempo que poderia ter uma participação mais activa na modalidade que gostava.
P.A. – Para que as pessoas te possam conhecer melhor, qual foi o teu percurso hoquista, desde que começaste com este desporto?
J.M.S. - Apenas no dirigismo da Grundig durante cerca de 10 épocas.
P.A. – Que importância tem para ti o Hóquei em patins e que tempo te ocupa durante a semana?
J.M.S. - A oportunidade de participar mais activamente na modalidade que gosto e os amigos que se fazem no dia a dia das competições.
Além de uma ou outra corrida semanal é necessário ainda algum tempo para rever regras e regulamentos.
P.A. – Quais foram os melhores momentos que viveste no hóquei? Tens algumas «anedotas engraçadas», vividas no hóquei para nos contar?
J.M.S. - Alguns dos melhores momentos vividos no H.P. foram a subida ao escalão máximo da Arbitragem Nacional e depois a Árbitro de Categoria Internacional. Momentos inesquecíveis são aqueles que tive a felicidade de usufruir durante os Campeonatos Europeu e Mundial em que participei, pela confraternização, convivência, amizade, etc. entre todos os presentes.
Momentos engraçados há muitos, recordando com um sorriso aquele em que num jogo em Espinho, o meu colega de dupla, quando eu ia a apitar para o início do jogo, passou por mim a correr em direcção do balneário dizendo: “Venho já”. Pensei: “Foi ao WC”, como era seu costume sempre que chegava a qualquer pavilhão para arbitrar algum jogo. Momentos depois regressou e quando tive oportunidade perguntei-lhe porque saíra ao que ele respondeu: “Esqueci-me do apito”.
P.A. – Quais são as maiores dificuldades, que encontra um arbitro de Hóquei em Patins?
J.M.S. - Das maiores são aquelas que se prendem com o desconhecimento das regras e regulamentos, por parte dos adeptos e muitos elementos ligados à modalidade.
P.A. – Há alguma regra em particular, que mudarias para melhorar o hóquei em patins nacional e internacional?
J.M.S. - Embora seja discutível, acho que se dá demasiada liberdade aos guarda-redes “na defesa da sua baliza”.
P.A. – Quais foram as “personagens” do meio Hóquistico que te marcaram mais pela positiva?
J.M.S. - O saudoso Jorge Pauleta, Luís Rei e Rego Lamela. Foi por culpa deles que passei a fazer parte da família da arbitragem.
P.A. – Por todos os clubes em que passei, sempre tive a preocupação de « aconselhar e treinar » também os Árbitros do meu clube. As portas estiveram sempre abertas, para que eles viessem apitar os 30 ou 60 minutos de jogo que fazia no final dos meus treinos. Era aí que eu intervinha para o aconselhar ou corrigir algumas situações.
Viveste essa experiência em algum clube ? Achas que isso também pode ajudar a melhorar o nível dos árbitros em geral ?
J.M.S. - Nunca tive essa oportunidade. No entanto concordo plenamente que isso era óptimo para o Árbitro como o seria também para os jogadores e demais elementos das equipas, pela troca de conhecimentos.
P.A. – Concordas que, se pelo menos os jovens pudessem jogar com capacete (sem isso ser obrigatório), isso também poderia contribuir a uma maior afluência de miúdos para o Hóquei em patins ? Porquê ?
J.M.S. - A lei permite que se jogue com um capacete ligeiro de protecção de plástico ou de couro. Em minha opinião o uso de capacete dá ao H.P. uma imagem mais violenta e era mais um acessório a contribuir para o aumento do custo da modalidade já bastante onerosa.
P.A. – O que é que pensas deste Blog « Patinslover » ?
J.M.S. - Tal como já tive oportunidade de to dizer via e-mail, é através do “Patinslover” que se tem conhecimento e muitas vezes em primeira mão de notícias da nossa modalidade. Obrigado !
P.A. – Uma mensagem que gostarias de deixar …
J.M.S. - Gostava de dizer aos colegas e amigos ligados à arbitragem que não se deixem abater pelas adversidades. Se hoje o jogo não lhes correu como o esperado, o seguinte com certeza será melhor. Acreditem sempre nas suas potencialidades e conhecimentos das regras e regulamentos.
Pedro Antunes – Que outra pergunta gostavas que te tivesse colocado e qual teria sido a resposta ?
José Manuel Silva - Receava que fizesses alguma pergunta sobre a arbitragem, o sistema de classificação dos Árbitros, os observadores, as constantes alterações apressadas e depois anuladas, etc. Ainda bem que o não fizeste, pois iria ser complicado responder ….
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Obrigado pela tua participação e um grande abraço para ti.
Pedro Antunes.
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