22 novembre 2007

Entrevista Vitor Silva - R.P. da Fed. da Africa do Sul

È uma grande honra para mim, poder publicar esta entrevista, gentilmente concedida pelo Sr. Vitor Silva (Relações Publicas da Federação Sul-Africana de hoquei em patins).
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Sr. Vitor Silva

Pedro Antunes - Bom dia Sr. Vitor Silva. É um prazer poder encontrar alguém para falar do hóquei na Africa do Sul. Por favor, fale-nos um pouco de si e da relação que tem com a federação de Hoquei.
Vitor Silva - Pessoalmente nunca pratiquei hóquei. A minha paixão foi sempre o futebol, tendo jogado cá e em Portugal, pelos juniores do BeiraMar, em Aveiro de onde sou natural. Uma lesão grave pos fim à minha carreira. Acima de tudo, sou amante de desporto em geral.
Sempre acompanhei o hóquei em patins em Portugal, Espanha, Italia, etc., através da imprensa, assim como a evolução da modalidade em países com menos cotação a nível internacional.
O meu involvimento directo na modalidade, aconteceu quando a minha filha a começou a praticar há 8 anos. Comecei pouco depois como adjunto da equipa feminina da União Cultural Recreativa e Desportiva Portuguesa, mais tarde desempenhei a função de Relações Publicas da Associação de Hoquei em Patins do Gauteng. Presentemente para além de a treinar, tambem desempenho as funções de Relações Publicas da Federacção Sul-Africana de Hoquei em Patins, assim como da Organização do Mundial.
Como vê, temos que ser pau para toda a colher para não deixar a modalidade morrer.
Além disto tudo, tenho que “arranjar” tempo para exercer a minha profissão de electricista de manutenção industrial. Estou empregado numa tipografia portuguesa, onde de vez em quando colaboro com artigos desportivos da nossa comunidade para o “O Século de Joanesburgo”.
Pedro Antunes - Como é que está o Hóquei em patins na Africa do Sul? O hóquei também vive por aí, graças à "carolice" de alguns apaixonados?
Vitor Silva - O Hóquei na Africa do Sul a nível interno, não está da maneira que nós o gostaríamos de ver. Temos presentemente vários projectos em curso, que se forem bem sucedidos, a longo prazo, com o que de positivo o Mundial “B” nos possa trazer, irão revolucionar a modalidade .
A nível Internacional, a oportunidade que nos foi dado na questão do Mundial veio-nos abrir portas que tem sido bastante benéficas.
Resumindo, e como diz e bem, a modalidade deve o seu ser à “carolice”.
P.A. - Quantos atletas estão inscritos na federação e quantos clubes têm?
V.S. - Presentemente temos uma media de 300 atletas inscritos em duas Associações, nomeadamente nas províncias do Cabo e Gauteng.
Por enquanto na Província do Gauteng só existem quatro clubes (ACPP, União CRDP, Sporting e APF sediados em Pretoria, Joanesburgo e Vanderbijlpark respectivamente.
Na provincia do Cabo, temos alguns praticantes, mas por enquanto nao há clubes. A Associação encontra-se numa fase de reiniciação, e consequentemente esperamos que num futuro muíto próximo a modalidade volte a aproximar-se do que era outrora.
Um dos projectos será precisamente a divulgação e o desenvolvimento do hóquei a nível de outras províncias.
P.A. - Foi fácil, reunir os atletas, para preparar o Mundial de Júniores? Pensa que se reuniram boas condições para preparar a equipa?
V.S. - Havendo um número reduzido de clubes, infelizmente a questão de selecções torna-se mais fácil.
Da parte da Federacção, estiveram reunidas todas as condições para a preparação da equipa, principalmente em termos de apoio financeiro com a ajuda de angariação de fundos.

Sel. Sul Africana que participou na "Copa América)

P.A. - Qual é o seu maior desejo para o hóquei na África do Sul?

V.S. - Se me permite, são vários:
primeiro, que o Mundial fosse um sucesso e que o país em particular e Africa em geral tirasse proveito do acontecimento
segundo, que houve-se mais interesse e apoio por parte de certos clubes, como foi o caso num passado não muito distante
terceiro, que a modalidade cresce-se a nível nacional.
P.A. - Que projectos estão agendados para que o hóquei se possa desenvolver no vosso país?
V.S. - Presentemente, estamos a atravessar uma fase bastante sensível em termos de negociações a nível de entidades desportivas e governamentais, assim como com os nossos vizinhos africanos, nomeadamente Angola e Moçambique. Quando as peças deste “puzzle” se compôrem, aí sim, acredito que o “investimento” feito pela Federacção, Associações e todas aqueles que tem contribuído, vai dar fruto, com beneficios para todos os intervenientes.

P.A. - Em relação a este blog. Pensa que de alguma maneira ele tem ajudado a promover o Hóquei em Patins?
V.S. - Naturalmente que sim. Graças ao internet, o mundo cada vez está mais pequeno e, o desporto em geral e neste caso o hóquei em particular só pode tirar beneficios do seu blog que, de uma forma geral é muito informativo.

P.A. - Uma mensagem para terminar:
V.S. - Quero em meu nome pessoal, assim como em nome da Federacção Sul-Africana de Hóquei em Patins agradecer-lhe esta oportunidade que me concedeu para dar a conhecer ao mundo, através do seu blog o hóquei neste pais.
Força, continue porque o hóquei precisa da divulgação e apoio que indirectamente lhe está a prestar.

P.A. - Muito obrigado Vitor e felicidades para vocês todos.

1 commentaire:

PATINSLOVER a dit…

Comentário do Rinito:

Boa tarde

Amigo Pedro

Gostei da entrevista do Srº.Vitor Silva da África do Sul , e gostava de fazer o seguinte comentário :

Srº.Vitor Silva
Bem haja por ajudar a divulgar o Hóquei em Patins na Àfrica do Sul.
Se me permite e em continuação à sua entrevista ao Bloq do Pedro , quería dizer que uma das formas que resultam mais , relativamente à massificação do Hóquei em Patins, é levá-lo às Escolas do Ensino Básico , com projectos
de Patinagem. Em Portugal tem-se feito projectos desse tipo com resultados muito positivos . Se o Srº.Vitor quiser alguma informação mais , não hesite em contactar-me.

Cumprimentos
Rinito Rita