ARTIGO "CAVADO JORNAL" de hoje, 04.02.2009
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Pedro Antunes um Emigrante “Apaixonado” pelo Hóquei em Patins
*O Orgulho de pertencer a uma modalidade que o preenche"
*
Pedro Antunes é provavelmente o emigrante que mais promove a modalidade.
*O Orgulho de pertencer a uma modalidade que o preenche"
*
Pedro Antunes é provavelmente o emigrante que mais promove a modalidade.
O Hóquei em Patins é a sua grande Paixão.
O português tem um blog de enorme sucesso onde escreve tudo que acontece sobre rodas.
Na Suiça tem um curriculum muito interessante.
*
Como é que apareceu o Hóquei em Patins na sua Vida?
Tudo começou no ano de 1980 quando uns Holandeses vieram à minha vila ribatejana para fazer uns melhoramentos. Acabaram por construir um ringue que levou a alguns antigos amantes da modalidade a relançar a ideia do Hóquei em patins no Clube Atlético Riachense. Grande parte dos “antigos” da minha família já tinham jogado hóquei e a partir daí foi um instante ingressar na modalidade.
Quais foram os projectos em que esteve envolvido?
Os principais projectos em que eu participei foram aqueles em que tive um papel de treinador. Primeiro no Genève a partir de 1993 com o qual fui Campeão Suíço de Juvenis em 1995, 1996 e 1998. Depois treinei a equipa Sénior do Genève durante duas épocas e meia. Em 2000/2001 foram vice campeões nacionais e em 2001/2002, e 2002/2003, ganhámos a Taça Suiça. Em 2000 surgiu o convite da Federação para ser Seleccionador nacional de Juniores, o que me levou a participar em 7 Campeonatos da Europa, tendo obtido 2 vezes o 5° lugar, 4 vezes o 4° e finalmente o 3° em Santander 2005.
Tenho também muito orgulho de ter conquistado por 4 vezes o prémio “Fair-Play”, nesses campeonatos em que participei. Durante estes anos de treinador, tive a felicidade de ajudar a crescer 7 dos vice campeões do Mundo de 2007, e vice-campeões da Europa 2006. Tenho continuado a treinar os iniciados e juvenis do Genève, com o objectivo de continuar a formar jogadores capazes de entrar em todas as provas sem nunca ser preciso ir buscar atletas a outras equipas. Quase todos os anos uma dessas equipas é campeã Nacional. O Genève joga desde sempre com jogadores formados no seu próprio clube, o que é sem dúvida um feito importante.
Na Suiça ocupa um lugar de destaque na modalidade. Como é que tudo começou?
Os bons resultados obtidos com o Genève e uma nova maneira de jogar a nível de juvenis, com ataque organizado e defesa homem a homem, ajudaram certamente a essa escolha. Infelizmente para mim em 2007, a Federação decidiu dar uma nova orientação àquela equipa e agradeceu-me pelo bom trabalho realizado. E digo infelizmente porque foi um choque que eu não esperava. Mas a vida é assim. Não é só “aos outros” que estas coisas acontecem. O mais importante é que eu me sinto feliz, com o trabalho que realizei e com os amigos que fiz durante esses anos.
Tem acompanhado o Hóquei Nacional?
Sem dúvida. O hóquei que tem de ser acompanhado por quem gosta de hóquei. Tenho-o feito através de algumas, (poucas), transmissões televisivas, ou por exemplo através dos vossos relatos na Rádio Cávado, ou na Internet. É giro e faz-me lembrar o tempo em que gravada em cassetes áudio os relatos dos mundiais em que Portugal participava.
Que opinião tem sobre a evolução da modalidade?
Penso que há cada vez mais países com qualidade. A diferença que ainda existe entre uma Suiça, França, Alemanha, e Portugal, Espanha e Itália, desapareceria se nós também pudéssemos ter jogadores profissionais. Porque a nível táctico, parece-me que fizemos grandes progressos nos últimos anos.
Parece-me também que algumas alterações às regras vêm trazer alguma confusão, tanto para treinadores, como para jogadores, árbitros e sobretudo o publico.
Quais foram as grandes competições que já acompanhou?
Tirando os Campeonatos Europeus em que participei como treinador e nos quais vi evoluir a maior parte dos jogadores que hoje fazem parte das selecções principais dos países europeus, acompanhei quase todas as Taças das Nações de Montreux dos últimos 20 anos, e o Mundial 2007. Além disso, a televisão têm-me permitido acompanhar praticamente todos os Europeus e Mundiais de Seniores dos últimos 20 anos.
Quais são as grandes referencias que tem na modalidade?
O treinador que me serviu de exemplo mesmo antes de o conhecer foi o Carlos Dantas. Passei horas a ver e rever jogos do Benfica, a escrever jogadas e exercícios de treino para preparar essas mesmas jogadas. Um dia ele veio jantar a minha casa a Genève com o meu braço direito Jorge Elias, e mostrei-lhe alguns desses papéis e vi que ele ficou feliz com isso.
Se tiver que eleger um "Dez" quais são os melhores jogadores do Mundo da actualidade?
Se eu tivesse que escolher uma equipa, iria optar por; Edo Bosch e Massimo Cunegatti na baliza. Sergi Panadero, Valter Neves, Marc Gual e Mariano Velasquez mais defensivos. Reinaldo Ventura, Tó Neves, Mirko Bertolucci e Pedro Gil mais ofensivos.
E o TOP dos Treinadores Mundiais?
Muito difícil de dizer porque há muitos excelentes treinadores. Cada um com as suas qualidades e os seus defeitos. Mas porque me pedes nomes, cá vai a minha escolha; Carlos Dantas, Franklin Pais, José Querido, Massimo Mariotti, Paulo Batista, Joaquin Pauls, Carlos Figueroa, e Luís Sénica.
"Quero sempre mais e melhor para o meu projecto"
O Blog está a ter o Sucesso que deseja?
O “PATINSLOVER” ainda não atingiu o sucesso que eu espero. Actualmente o meu blog tem uma média de 300 visitas diárias. Isso significa que já há muita gente que gosta de marcar presença diária no meu espaço. Como todos os homens também ambiciono a mais. Mas sei ter paciência. Quando comecei a treinar a selecção, também comecei por obter um 5° lugar. Sonhei com o 3°, e trabalhei para isso e consegui-o. Talvez um dia o Blog me possa também surpreender com cada vez mais gente a visitá-lo. Quanto mais pessoas o visitarem, mais vontade terei para publicar mais artigos, como vídeos de exercícios por exemplo.
"Agradeço ao Cávado Jornal esta oportunidade"
Que Tipo de Mensagem quer deixar ficar?
Quero agradecer ao Cávado Jornal esta oportunidade que me dá para falar daquilo que me tem ocupado grande parte da minha vida. Espero que o Hóquei em Patins possa continuar a evoluir, e que quem dirige este desporto ao mais alto nível possa sempre ter em conta as dificuldades dos Clubes e Federações que delas dependem. Porque sem clubes não há Federações. Grande abraço para todos e espero por vós no “PATINSLOVER”.
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Como é que apareceu o Hóquei em Patins na sua Vida?
Tudo começou no ano de 1980 quando uns Holandeses vieram à minha vila ribatejana para fazer uns melhoramentos. Acabaram por construir um ringue que levou a alguns antigos amantes da modalidade a relançar a ideia do Hóquei em patins no Clube Atlético Riachense. Grande parte dos “antigos” da minha família já tinham jogado hóquei e a partir daí foi um instante ingressar na modalidade.
Quais foram os projectos em que esteve envolvido?
Os principais projectos em que eu participei foram aqueles em que tive um papel de treinador. Primeiro no Genève a partir de 1993 com o qual fui Campeão Suíço de Juvenis em 1995, 1996 e 1998. Depois treinei a equipa Sénior do Genève durante duas épocas e meia. Em 2000/2001 foram vice campeões nacionais e em 2001/2002, e 2002/2003, ganhámos a Taça Suiça. Em 2000 surgiu o convite da Federação para ser Seleccionador nacional de Juniores, o que me levou a participar em 7 Campeonatos da Europa, tendo obtido 2 vezes o 5° lugar, 4 vezes o 4° e finalmente o 3° em Santander 2005.
Tenho também muito orgulho de ter conquistado por 4 vezes o prémio “Fair-Play”, nesses campeonatos em que participei. Durante estes anos de treinador, tive a felicidade de ajudar a crescer 7 dos vice campeões do Mundo de 2007, e vice-campeões da Europa 2006. Tenho continuado a treinar os iniciados e juvenis do Genève, com o objectivo de continuar a formar jogadores capazes de entrar em todas as provas sem nunca ser preciso ir buscar atletas a outras equipas. Quase todos os anos uma dessas equipas é campeã Nacional. O Genève joga desde sempre com jogadores formados no seu próprio clube, o que é sem dúvida um feito importante.
Na Suiça ocupa um lugar de destaque na modalidade. Como é que tudo começou?
Os bons resultados obtidos com o Genève e uma nova maneira de jogar a nível de juvenis, com ataque organizado e defesa homem a homem, ajudaram certamente a essa escolha. Infelizmente para mim em 2007, a Federação decidiu dar uma nova orientação àquela equipa e agradeceu-me pelo bom trabalho realizado. E digo infelizmente porque foi um choque que eu não esperava. Mas a vida é assim. Não é só “aos outros” que estas coisas acontecem. O mais importante é que eu me sinto feliz, com o trabalho que realizei e com os amigos que fiz durante esses anos.
Tem acompanhado o Hóquei Nacional?
Sem dúvida. O hóquei que tem de ser acompanhado por quem gosta de hóquei. Tenho-o feito através de algumas, (poucas), transmissões televisivas, ou por exemplo através dos vossos relatos na Rádio Cávado, ou na Internet. É giro e faz-me lembrar o tempo em que gravada em cassetes áudio os relatos dos mundiais em que Portugal participava.
Que opinião tem sobre a evolução da modalidade?
Penso que há cada vez mais países com qualidade. A diferença que ainda existe entre uma Suiça, França, Alemanha, e Portugal, Espanha e Itália, desapareceria se nós também pudéssemos ter jogadores profissionais. Porque a nível táctico, parece-me que fizemos grandes progressos nos últimos anos.
Parece-me também que algumas alterações às regras vêm trazer alguma confusão, tanto para treinadores, como para jogadores, árbitros e sobretudo o publico.
Quais foram as grandes competições que já acompanhou?
Tirando os Campeonatos Europeus em que participei como treinador e nos quais vi evoluir a maior parte dos jogadores que hoje fazem parte das selecções principais dos países europeus, acompanhei quase todas as Taças das Nações de Montreux dos últimos 20 anos, e o Mundial 2007. Além disso, a televisão têm-me permitido acompanhar praticamente todos os Europeus e Mundiais de Seniores dos últimos 20 anos.
Quais são as grandes referencias que tem na modalidade?
O treinador que me serviu de exemplo mesmo antes de o conhecer foi o Carlos Dantas. Passei horas a ver e rever jogos do Benfica, a escrever jogadas e exercícios de treino para preparar essas mesmas jogadas. Um dia ele veio jantar a minha casa a Genève com o meu braço direito Jorge Elias, e mostrei-lhe alguns desses papéis e vi que ele ficou feliz com isso.
Se tiver que eleger um "Dez" quais são os melhores jogadores do Mundo da actualidade?
Se eu tivesse que escolher uma equipa, iria optar por; Edo Bosch e Massimo Cunegatti na baliza. Sergi Panadero, Valter Neves, Marc Gual e Mariano Velasquez mais defensivos. Reinaldo Ventura, Tó Neves, Mirko Bertolucci e Pedro Gil mais ofensivos.
E o TOP dos Treinadores Mundiais?
Muito difícil de dizer porque há muitos excelentes treinadores. Cada um com as suas qualidades e os seus defeitos. Mas porque me pedes nomes, cá vai a minha escolha; Carlos Dantas, Franklin Pais, José Querido, Massimo Mariotti, Paulo Batista, Joaquin Pauls, Carlos Figueroa, e Luís Sénica.
"Quero sempre mais e melhor para o meu projecto"
O Blog está a ter o Sucesso que deseja?
O “PATINSLOVER” ainda não atingiu o sucesso que eu espero. Actualmente o meu blog tem uma média de 300 visitas diárias. Isso significa que já há muita gente que gosta de marcar presença diária no meu espaço. Como todos os homens também ambiciono a mais. Mas sei ter paciência. Quando comecei a treinar a selecção, também comecei por obter um 5° lugar. Sonhei com o 3°, e trabalhei para isso e consegui-o. Talvez um dia o Blog me possa também surpreender com cada vez mais gente a visitá-lo. Quanto mais pessoas o visitarem, mais vontade terei para publicar mais artigos, como vídeos de exercícios por exemplo.
"Agradeço ao Cávado Jornal esta oportunidade"
Que Tipo de Mensagem quer deixar ficar?
Quero agradecer ao Cávado Jornal esta oportunidade que me dá para falar daquilo que me tem ocupado grande parte da minha vida. Espero que o Hóquei em Patins possa continuar a evoluir, e que quem dirige este desporto ao mais alto nível possa sempre ter em conta as dificuldades dos Clubes e Federações que delas dependem. Porque sem clubes não há Federações. Grande abraço para todos e espero por vós no “PATINSLOVER”.
Autor: Miguel Sá Pereira
Fonte: Cávado Jornal
Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2009 - 11:44:09
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Esta foi a entrevista, que me foi feita pelo Miguel Sá Pereira, para o CAVADO JORNAL e que está agora nas bancas. (Também pode ser lida aqui)
Esta foi a entrevista, que me foi feita pelo Miguel Sá Pereira, para o CAVADO JORNAL e que está agora nas bancas. (Também pode ser lida aqui)
Obrigado não só por esta entrevista, mas também por todo o carinho que vocês têm dado ao Hóquei em patins.
Pedro Antunes
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