«Curiosidades FCP» - O nascimento do Hóquei em Patins
(LINDO!)
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O Armando Pinto escreveu este fantastico texto sobre o Hoquei em Patins no Blog "Paixão pelo Porto" (do Ricardo Vara). Um breve resumo da história da secção, desde os primórdios até aos dias de hoje no Futebol Clube do Porto.
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O Armando Pinto escreveu este fantastico texto sobre o Hoquei em Patins no Blog "Paixão pelo Porto" (do Ricardo Vara). Um breve resumo da história da secção, desde os primórdios até aos dias de hoje no Futebol Clube do Porto.
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"O Hóquei em Patins entrou no FC Porto na década de quarenta, tendo sido em 1944 que o clube «tomou parte em provas oficiais, inscrevendo-se em todos os torneios regionais…» Constituíam a “equipa da fundação” os hoquistas António Castro Lacerda, Álvaro Almeida, António Joaquim Costa, António Brandão, Gualdino Leite, José Arches Carvalho, Delmiro Silva e Alberto Lima Ruella». Contudo, a sua existência sofreu, de permeio, uma interrupção nas actividades, tendo a secção sido depois reactivada já a meio da década de cinquenta, por exigência dos sócios, «a pedido do público e até dos clubes adversários», devido ao fascínio que sua prática despertava no pais a nível da selecção nacional e por reconhecimento de necessidade «da presença duma equipa portista nas competições, com vista a poder ser desenvolvida a modalidade…» Assim, só na década de cinquenta foram obtidos os primeiros títulos, tendo em 1955 sido conquistado o Metropolitano da 2ª Divisão, ascendendo por isso à 1ª Divisão (do campeonato dos clubes do continente, havendo depois uma fase final com as equipas do Ultramar). Constituíam a equipa da época (do Metropolitano da II Divisão), entre outros, Campos (que veio do Paço de Rei), Luís Sousa Mota (do Paredes), Acúrcio Carrelo, Ruben Lopez, Morais e Abílio Moreira.
Com a curiosidade de então estarem incluídos dois hoquistas-futebolistas, Acúrcio Carrelo e António Morais, os quais acumulavam a prática hoquista com o futebol (sendo então Acúrcio guarda-redes da equipa principal e Morais reservista também da formação futebolística do FC Porto), mais um aderente hoquista-basquetebolista, Ruben Lopez (este por sinal até jogador-treinador do basquetebol portista, nesse tempo). Acúrcio Carrelo foi, ainda, o 1º internacional do clube nesta modalidade, tendo em 1957 feito parte da selecção portuguesa presente no Torneio de Montreux, marcando inclusive 6 golos; e depois no Europeu, nesse mesmo ano em Barcelona, onde fez 2 golos; sendo por fim seleccionado para a Equipa da Europa que defrontou a Espanha, em cujo prélio contribuiu com 3 dos cinco golos dessa turma do chamado “Resto da Europa”. A carreira desse avançado Carrelo do hóquei não foi mais além, porém, por entretanto ter acabado essa dupla função com a chegada do profissionalismo ao futebol, enveredando Acúrcio apenas pela sua prestação como guarda-redes do futebol portista, entre outras situações, como aconteceu também com Morais (e ainda Pinho, igualmente “nosso” guardião de futebol, que ao tempo também acumulara na defesa da baliza do Andebol azul e branco).
Evoluiu a modalidade no clube com reforço da equipa já nos inícios da década de sessenta, ingressando na modalidade Joaquim Leite, oriundo do hóquei em campo do clube e durante algum tempo também atleta que acumulou as duas modalidades, mais Alexandre Magalhães, Brito, e outros, até que a meio da mesma década apareceram jovens valores como Hernâni e Cristiano. Começando a afirmar-se o hóquei portista no panorama nacional, sobremaneira ao atingir alto patamar com a conquista do “Metropolitano” da 1ª Divisão em 1969.
É dessa fornada a formação perpetuada na imagem que se junta, em cujo verso da mesma foto ficaram impressos os respectivos autógrafos (aqui). Equipa que posou à posteridade, vendo-se no 1º plano, a contar da esquerda: J. Leite, João de Brito, Cristiano, Castro e Ricardo. Em pé, a partir da esquerda: Hernâni, Zé Fernandes e António Júlio. A partir daí o hóquei foi crescendo dentro do clube, sempre na disputa dos primeiros lugares, até que, depois de sucessivos anos em que o título nacional fugira por “uma unha negra”, em 1981/82 houve conquista da europeia Taça dos Vencedores das Taças e em 1982/83 foi obtido o 1º lugar no Campeonato Nacional, acrescentando nesse ano mais outra Taça das Taças da Europa. Desde então o clube habituou-se a ser Campeão Nacional, com forte hegemonia (quantos os demais títulos nacionais, a totalizar 17… até ao próximo). Juntando mesmo títulos de Campeão Europeu (1985/86 e 89/90), Taça CERS (1993/94 e 95/96), Supertaça Europeia/Taça Intercontinental (1985/86), mais Taças de Portugal (12 até ver…), Supertaça Nacional (16, por ora), etc. e tal…!
Tendo passado pelas fileiras de Campeões grandes nomes da modalidade, atletas que de Dragão ao peito deram grandioso contributo para tal galeria de troféus, tais foram, entre tantos, uns Domingos, Vale, Vítor Hugo, Vítor Bruno, Franklim, Tó Neves, Realista, António Alves, Filipe Santos, Reinaldo Ventura, etc. etc. etc."
Armando Pinto, 24 de Maio de 2009
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"O Hóquei em Patins entrou no FC Porto na década de quarenta, tendo sido em 1944 que o clube «tomou parte em provas oficiais, inscrevendo-se em todos os torneios regionais…» Constituíam a “equipa da fundação” os hoquistas António Castro Lacerda, Álvaro Almeida, António Joaquim Costa, António Brandão, Gualdino Leite, José Arches Carvalho, Delmiro Silva e Alberto Lima Ruella». Contudo, a sua existência sofreu, de permeio, uma interrupção nas actividades, tendo a secção sido depois reactivada já a meio da década de cinquenta, por exigência dos sócios, «a pedido do público e até dos clubes adversários», devido ao fascínio que sua prática despertava no pais a nível da selecção nacional e por reconhecimento de necessidade «da presença duma equipa portista nas competições, com vista a poder ser desenvolvida a modalidade…» Assim, só na década de cinquenta foram obtidos os primeiros títulos, tendo em 1955 sido conquistado o Metropolitano da 2ª Divisão, ascendendo por isso à 1ª Divisão (do campeonato dos clubes do continente, havendo depois uma fase final com as equipas do Ultramar). Constituíam a equipa da época (do Metropolitano da II Divisão), entre outros, Campos (que veio do Paço de Rei), Luís Sousa Mota (do Paredes), Acúrcio Carrelo, Ruben Lopez, Morais e Abílio Moreira.
Com a curiosidade de então estarem incluídos dois hoquistas-futebolistas, Acúrcio Carrelo e António Morais, os quais acumulavam a prática hoquista com o futebol (sendo então Acúrcio guarda-redes da equipa principal e Morais reservista também da formação futebolística do FC Porto), mais um aderente hoquista-basquetebolista, Ruben Lopez (este por sinal até jogador-treinador do basquetebol portista, nesse tempo). Acúrcio Carrelo foi, ainda, o 1º internacional do clube nesta modalidade, tendo em 1957 feito parte da selecção portuguesa presente no Torneio de Montreux, marcando inclusive 6 golos; e depois no Europeu, nesse mesmo ano em Barcelona, onde fez 2 golos; sendo por fim seleccionado para a Equipa da Europa que defrontou a Espanha, em cujo prélio contribuiu com 3 dos cinco golos dessa turma do chamado “Resto da Europa”. A carreira desse avançado Carrelo do hóquei não foi mais além, porém, por entretanto ter acabado essa dupla função com a chegada do profissionalismo ao futebol, enveredando Acúrcio apenas pela sua prestação como guarda-redes do futebol portista, entre outras situações, como aconteceu também com Morais (e ainda Pinho, igualmente “nosso” guardião de futebol, que ao tempo também acumulara na defesa da baliza do Andebol azul e branco).
Evoluiu a modalidade no clube com reforço da equipa já nos inícios da década de sessenta, ingressando na modalidade Joaquim Leite, oriundo do hóquei em campo do clube e durante algum tempo também atleta que acumulou as duas modalidades, mais Alexandre Magalhães, Brito, e outros, até que a meio da mesma década apareceram jovens valores como Hernâni e Cristiano. Começando a afirmar-se o hóquei portista no panorama nacional, sobremaneira ao atingir alto patamar com a conquista do “Metropolitano” da 1ª Divisão em 1969.
É dessa fornada a formação perpetuada na imagem que se junta, em cujo verso da mesma foto ficaram impressos os respectivos autógrafos (aqui). Equipa que posou à posteridade, vendo-se no 1º plano, a contar da esquerda: J. Leite, João de Brito, Cristiano, Castro e Ricardo. Em pé, a partir da esquerda: Hernâni, Zé Fernandes e António Júlio. A partir daí o hóquei foi crescendo dentro do clube, sempre na disputa dos primeiros lugares, até que, depois de sucessivos anos em que o título nacional fugira por “uma unha negra”, em 1981/82 houve conquista da europeia Taça dos Vencedores das Taças e em 1982/83 foi obtido o 1º lugar no Campeonato Nacional, acrescentando nesse ano mais outra Taça das Taças da Europa. Desde então o clube habituou-se a ser Campeão Nacional, com forte hegemonia (quantos os demais títulos nacionais, a totalizar 17… até ao próximo). Juntando mesmo títulos de Campeão Europeu (1985/86 e 89/90), Taça CERS (1993/94 e 95/96), Supertaça Europeia/Taça Intercontinental (1985/86), mais Taças de Portugal (12 até ver…), Supertaça Nacional (16, por ora), etc. e tal…!
Tendo passado pelas fileiras de Campeões grandes nomes da modalidade, atletas que de Dragão ao peito deram grandioso contributo para tal galeria de troféus, tais foram, entre tantos, uns Domingos, Vale, Vítor Hugo, Vítor Bruno, Franklim, Tó Neves, Realista, António Alves, Filipe Santos, Reinaldo Ventura, etc. etc. etc."
Armando Pinto, 24 de Maio de 2009
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- Um grande obrigado ao Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa e ao Sr. Ilidio Pinto, pela sua paixão pelo Hoquei em patins. (Ler artigo)
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Boa Noite, Pedro!
Adoro saber destes detalhes da história do hóquei... se achares pertinente, acrescenta isto, que encontrei há uns anos (antes da criação do Mundo do Hóquei, tinha tempo livre para pesquisar...), nos arquivos do Jornal de Notícias:
NOTA: A equipa de hóquei em patins do Futebol Clube do Porto estreia-se em competições oficiais, na 2ª Divisão Regional, a 05/07/1956, no rinque das Cavadas (cedido pelo Estrela e Vigorosa), num jogo com o CDUP (vitória portista por 9-1); Todos os restantes jogos do FC Porto para o campeonato foram disputados no rinque do Lima (cedido pelo Académico), de modo a albergar o grande número de espectadores interessados;
Adoro saber destes detalhes da história do hóquei... se achares pertinente, acrescenta isto, que encontrei há uns anos (antes da criação do Mundo do Hóquei, tinha tempo livre para pesquisar...), nos arquivos do Jornal de Notícias:
NOTA: A equipa de hóquei em patins do Futebol Clube do Porto estreia-se em competições oficiais, na 2ª Divisão Regional, a 05/07/1956, no rinque das Cavadas (cedido pelo Estrela e Vigorosa), num jogo com o CDUP (vitória portista por 9-1); Todos os restantes jogos do FC Porto para o campeonato foram disputados no rinque do Lima (cedido pelo Académico), de modo a albergar o grande número de espectadores interessados;
Nesse ano, o FC Porto venceu o Regional do Porto da 2ª Divisão (1955 / 56) e ascendeu a 1ª Divisão Regional em 1956/57... e o resto, já se sabe!
Grande Abraço,
Nelson Alves
www.mundook.net
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Grande Abraço,
Nelson Alves
www.mundook.net
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Obrigado Nelson.
Feliz 2010.
Pedro - 30.12.2009
1 commentaire:
Bom dia
Cá vai o meu acrescento ao Hóquei do FCP
Joguei óquei na Educação Fisica e quando passei para os seniores fui para o CDUP
O Leites e o Magalães eram os esteios do Porto
O Leites foi da EFisica e que me lembre nunca jogou òquei em campo
O FCP , melhor o seccionista Jorge Nuno Pinto da Costa foi buscar o Leites á Fisica mas falhou o Maia (Foi para o Ferroviario de Nampula e o Matos foi para o Infante onde estava o Julio Rendeiro e o Oliveira ( o gago ) que eesse acabou no Porto
O guarda redes era o Brito e o FCP jogava na Constituição
Desta Formação de 66 fazia parte o Hernâni
O Cristiano era junior e sò começou em 67 ou 68
Joguei contra o Porto na Constituição em 30 de Maio de 67 pelo Cdup
O Laurentino treinador do Porto também veio da EFN e acabou depois no Infante ( onde sempre treinou em part-time ...outros tempos
Fernando Matos
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