Foto: José Carlos Pereira & Pedro - Montreux 2007
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"31 de Outubro, Sábado Vermelho e Dia das Bruxas"!
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O dia começou c/ a preparação de um almoço leve, tudo teria que estar despachado antes das 4 da tarde, pois todos os caminhos iam dar ao Estádio da Luz.
Falei c/ o Carlos Pinto, velho companheiro nestas andanças hoquistas, encontraríamos e seguiríamos juntos p/ o Estádio, p/assistir à partida de hóquei em patins entre o Benfica e o Porto, os dois líderes do Campeonato.
Seria a 1ª oportunidade de ver o hóquei a ser praticado por duas das melhores equipas, com as novas regras.
Chegados ao Pavilhão, cumprimentos a alguns velhos conhecidos e companheiros de jornadas desportivas, tais como o Luís Ferreira (tive que o marcar no Mundial de 1988, na Corunha, tarefa muito difícil, grande jogador e um dos melhores marcadores desse Mundial), o Rui Lopes (um dos melhores jogadores do Mundial de Milão em 1993), o João Campelo (Professor, Secretário da Associação, companheiro desde dos tempos do D. Bosco e da sua equipa maravilha) e sentamos antes do jogo começar.
As bancadas estavam semi-vazias, algum entusiasmo, mas nada que se compare com um outro Benfica – Porto que assisti também c/ o Carlos Pinto e Xico Velasco, no antigo Pavilhão, em que não havia um lugar vago, as claques digladiavam-se arruaceiramente e em constante confrontação verbal, completamente diferente desta tarde, um pouco enfadonha, apesar do esforço de um locutor/animador em cor-de-rosa!
Surpresa! Quem se senta ao nosso lado? Nada menos que o melhor guarda-redes que Moçambique teve nestes últimos dez anos: Nuno Adrião, gozão como sempre, benfiquista fervoroso, alegre e bem disposto, sempre c/ um comentário técnico apropriado e informador das novas regras.
Gostei de ver a alteração da linha de anti-jogo e a possibilidade de a violar por um período de 5 segundos; permite maior abertura, jogo muito mais fluído, criação de espaços que poderão ser aproveitados em jogadas de lançamento em profundidade.
A situação do power-play, como no antigamente, terá que ser mais trabalhada, pois a equipa em posição de vantagem fica perturbada por essa mesma vantagem, permite contra-ataques perigosos e a defesa em triangulo da equipa em desvantagem, acaba por ser uma defesa muito fechada e difícil de penetrar.
A gestão de faltas irá permitir o aparecimento de jogadores habilidosos e a marcação de livres directos após as 10 faltas, cria uma expectativa em redor daquilo que poderá ser a oscilação do resultado; por exemplo, o Benfica aguentou-se muito tempo c/ 9 faltas, sofre a 10ª falta já dentro dos 2 minutos finais e poderia ter sofrido um golo que daria a vitória ao Porto, não tendo depois muito tempo p/ recuperar; se calhar, forçando a 10ª falta mais cedo, caso sofresse um golo, teria mais tempo p/ recuperação.
Outro aspecto é a lei da vantagem, quando se sofre um falta acumulativa: dá-se a vantagem de posse de bola à equipa que sofreu a falta (que até poderá originar um contra-ataque e golo), ou beneficia-se o infractor e marca-se a falta acumulativa? Há um critério fixo definido? Não consegui saber, mas compreendo que é preciso que surjam muitas mais questões p/ que de facto as novas regras venham a ser compreendidas de uma forma clara.
Ainda antes do início do jogo, já os 2 Capitães dialogavam c/ ao Árbitros p/ clarificação de possíveis situações, revelador da ansiedade em torno da aplicabilidade subjectiva das novas regras.
O jogo foi agradável de se seguir, as equipas ainda estão numa fase primária do Campeonato, os jogadores apresentaram-se todos os requisitos técnico-tácticos, com a introdução das cortinas, estas ainda pouco efectivas.
Algo faltou neste jogo que me está a ser difícil identificar, talvez um jogador que sobressaísse, que fosse um “Marzella”, ou “Panchito”, ou “Livramento”, ou “Chana”, um tipo de jogador que galvanize as bancadas, que leve a assistência ao rubro com jogadas individuais, espectaculares, penso que este tipo de jogador está a fazer falta ao hóquei.
O resultado final aceita-se, o Benfica teve algumas ocasiões na 1ª parte que desperdiçou (penalti sempre difícil de marcar, livre directo, bola ao poste) e o Porto na 2ª parte esteve melhor, atacou em várias ocasiões e valeu a acção do guarda-redes encarnado Ricardo Silva, p/ que o resultado não fosse desfavorável ao Benfica.
No final deste jogo, as pessoas deixaram o Pavilhão com uma sensação de que o Benfica poderia ter ganho, mas o empate também significa um ponto e vai ser importante p/ as contas finais.
Um agradecimento muito especial ao Prof. Luís Sénica, pela s/ simpatia e trato amável; desejo-lhe os maiores sucessos, o Hóquei precisa de algo diferente e o Prof. é uma das pessoas que o conseguirá fazer.
Depois do jogo, fizemos uma “Tournée” p/lojas do estádio e fomos p/ o Restaurante “3ºAnel”, onde deliciamo-nos c/um robalo grelhadinho, muito bem feito mas a sobremesa é que não soube nada bem: o Braga acabava de demonstrar que jogar c/ 10 jogadores às vezes galvaniza, aumenta os níveis de concentração e a outra equipa em vantagem numérica, baixa o nível competitivo e acaba por sofrer: a derrota do Benfica aceita-se perfeitamente e até demonstra que o Paciência tem vindo a fazer-se um bom Treinador.
Pois é meus amigos, depois deste Sábado Vermelho, vou agora à procura das bruxas, pode ser que alguma me tenha algo a mostrar………..depois vos conto.
Saudações
Zé Carlos
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Obrigado Zé Carlos,
Também gostei muito do jogo (Benfica 2 - Porto 2 & Braga 2 - Benfica 0...)
Quanto ao Hóquei, parabéns às duas équipas, à equipa de Arbitragem que a meu ver esteve muito bem & à BENFICA-TV que transmitiu o jogo excelentemente. Com 2-1, o Ventura mandou uma bola ao poste no livre directo, mas logo a seguir o Benfica também podia ter aumentado a vantagem. Como diz o ditado "Quem não mata, morre".
Quanto ao futebol, até que enfim que o Benfica perde uns pontinhos e não marca golos... Porque "o meu" Sporting já está com um atraso do caraças... Mas ainda muita água vai correr até ao fim do campeonato. "Já estamos habituados a sofrer"...
Grande abraço a todos e obrigado pela tua bonita crónica.
Pedro Antunes
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O dia começou c/ a preparação de um almoço leve, tudo teria que estar despachado antes das 4 da tarde, pois todos os caminhos iam dar ao Estádio da Luz.
Falei c/ o Carlos Pinto, velho companheiro nestas andanças hoquistas, encontraríamos e seguiríamos juntos p/ o Estádio, p/assistir à partida de hóquei em patins entre o Benfica e o Porto, os dois líderes do Campeonato.
Seria a 1ª oportunidade de ver o hóquei a ser praticado por duas das melhores equipas, com as novas regras.
Chegados ao Pavilhão, cumprimentos a alguns velhos conhecidos e companheiros de jornadas desportivas, tais como o Luís Ferreira (tive que o marcar no Mundial de 1988, na Corunha, tarefa muito difícil, grande jogador e um dos melhores marcadores desse Mundial), o Rui Lopes (um dos melhores jogadores do Mundial de Milão em 1993), o João Campelo (Professor, Secretário da Associação, companheiro desde dos tempos do D. Bosco e da sua equipa maravilha) e sentamos antes do jogo começar.
As bancadas estavam semi-vazias, algum entusiasmo, mas nada que se compare com um outro Benfica – Porto que assisti também c/ o Carlos Pinto e Xico Velasco, no antigo Pavilhão, em que não havia um lugar vago, as claques digladiavam-se arruaceiramente e em constante confrontação verbal, completamente diferente desta tarde, um pouco enfadonha, apesar do esforço de um locutor/animador em cor-de-rosa!
Surpresa! Quem se senta ao nosso lado? Nada menos que o melhor guarda-redes que Moçambique teve nestes últimos dez anos: Nuno Adrião, gozão como sempre, benfiquista fervoroso, alegre e bem disposto, sempre c/ um comentário técnico apropriado e informador das novas regras.
Gostei de ver a alteração da linha de anti-jogo e a possibilidade de a violar por um período de 5 segundos; permite maior abertura, jogo muito mais fluído, criação de espaços que poderão ser aproveitados em jogadas de lançamento em profundidade.
A situação do power-play, como no antigamente, terá que ser mais trabalhada, pois a equipa em posição de vantagem fica perturbada por essa mesma vantagem, permite contra-ataques perigosos e a defesa em triangulo da equipa em desvantagem, acaba por ser uma defesa muito fechada e difícil de penetrar.
A gestão de faltas irá permitir o aparecimento de jogadores habilidosos e a marcação de livres directos após as 10 faltas, cria uma expectativa em redor daquilo que poderá ser a oscilação do resultado; por exemplo, o Benfica aguentou-se muito tempo c/ 9 faltas, sofre a 10ª falta já dentro dos 2 minutos finais e poderia ter sofrido um golo que daria a vitória ao Porto, não tendo depois muito tempo p/ recuperar; se calhar, forçando a 10ª falta mais cedo, caso sofresse um golo, teria mais tempo p/ recuperação.
Outro aspecto é a lei da vantagem, quando se sofre um falta acumulativa: dá-se a vantagem de posse de bola à equipa que sofreu a falta (que até poderá originar um contra-ataque e golo), ou beneficia-se o infractor e marca-se a falta acumulativa? Há um critério fixo definido? Não consegui saber, mas compreendo que é preciso que surjam muitas mais questões p/ que de facto as novas regras venham a ser compreendidas de uma forma clara.
Ainda antes do início do jogo, já os 2 Capitães dialogavam c/ ao Árbitros p/ clarificação de possíveis situações, revelador da ansiedade em torno da aplicabilidade subjectiva das novas regras.
O jogo foi agradável de se seguir, as equipas ainda estão numa fase primária do Campeonato, os jogadores apresentaram-se todos os requisitos técnico-tácticos, com a introdução das cortinas, estas ainda pouco efectivas.
Algo faltou neste jogo que me está a ser difícil identificar, talvez um jogador que sobressaísse, que fosse um “Marzella”, ou “Panchito”, ou “Livramento”, ou “Chana”, um tipo de jogador que galvanize as bancadas, que leve a assistência ao rubro com jogadas individuais, espectaculares, penso que este tipo de jogador está a fazer falta ao hóquei.
O resultado final aceita-se, o Benfica teve algumas ocasiões na 1ª parte que desperdiçou (penalti sempre difícil de marcar, livre directo, bola ao poste) e o Porto na 2ª parte esteve melhor, atacou em várias ocasiões e valeu a acção do guarda-redes encarnado Ricardo Silva, p/ que o resultado não fosse desfavorável ao Benfica.
No final deste jogo, as pessoas deixaram o Pavilhão com uma sensação de que o Benfica poderia ter ganho, mas o empate também significa um ponto e vai ser importante p/ as contas finais.
Um agradecimento muito especial ao Prof. Luís Sénica, pela s/ simpatia e trato amável; desejo-lhe os maiores sucessos, o Hóquei precisa de algo diferente e o Prof. é uma das pessoas que o conseguirá fazer.
Depois do jogo, fizemos uma “Tournée” p/lojas do estádio e fomos p/ o Restaurante “3ºAnel”, onde deliciamo-nos c/um robalo grelhadinho, muito bem feito mas a sobremesa é que não soube nada bem: o Braga acabava de demonstrar que jogar c/ 10 jogadores às vezes galvaniza, aumenta os níveis de concentração e a outra equipa em vantagem numérica, baixa o nível competitivo e acaba por sofrer: a derrota do Benfica aceita-se perfeitamente e até demonstra que o Paciência tem vindo a fazer-se um bom Treinador.
Pois é meus amigos, depois deste Sábado Vermelho, vou agora à procura das bruxas, pode ser que alguma me tenha algo a mostrar………..depois vos conto.
Saudações
Zé Carlos
***
Obrigado Zé Carlos,
Também gostei muito do jogo (Benfica 2 - Porto 2 & Braga 2 - Benfica 0...)
Quanto ao Hóquei, parabéns às duas équipas, à equipa de Arbitragem que a meu ver esteve muito bem & à BENFICA-TV que transmitiu o jogo excelentemente. Com 2-1, o Ventura mandou uma bola ao poste no livre directo, mas logo a seguir o Benfica também podia ter aumentado a vantagem. Como diz o ditado "Quem não mata, morre".
Quanto ao futebol, até que enfim que o Benfica perde uns pontinhos e não marca golos... Porque "o meu" Sporting já está com um atraso do caraças... Mas ainda muita água vai correr até ao fim do campeonato. "Já estamos habituados a sofrer"...
Grande abraço a todos e obrigado pela tua bonita crónica.
Pedro Antunes
1 commentaire:
Atenção Pedro Antunes e Zé Carlos Pereira! O Nuno Adrião é lagartão de gema e não ferveroso Benfiquistas. Andou enganado este tempo todo
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