O técnico recorda, na segunda entrevista feita pelos adeptos do site da FPP, os bons momentos da carreira - ainda se emociona quando vê as imagens do título conquistado ao serviço do Óquei de Barcelos no jogo com o Benfica -, não esquece os momentos difíceis e perspectiva o novo desafio da carreira, como treinador do Porto Santo SAD.
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Pedro Antunes – Quais as diferenças maiores encontradas nas equipas espanholas que treinou, em relação às equipas portuguesas, ao nível de organização dos clubes e motivação dos jogadores nos treinos e nos jogos?
José Querido - Essas diferenças, à primeira vista, não se notam, mas uma delas é a organização e, talvez por isso, o FC Porto ganha há tantos anos seguidos, pois a uma equipa para poder lutar com conjuntos bem organizados e feitos para competirem em alta competição, não basta só ter bons jogadores, é necessário o resto que é organização, condições de trabalho, disciplina, motivação e, nisso, a maioria dos clubes espanhóis estão bem recheados. Relativamente aos jogadores, os espanhóis não são superiores aos nossos. O que pode existir é uma mentalidade diferente de trabalhar, porque eles, no trabalho, são mais rigorosos e disciplinados tacticamente do que os portugueses e, no aspecto de finalização, são muito mais práticos. Continuo a pensar que não temos de os imitar, mas, sim, aproveitar os nossos magníficos recortes técnicos e explorarmos, ainda mais, todas essas nossas maravilhosas opções em termos técnicos, a juntar à evolução táctica que agora já somos mais capazes de utilizar, o que se nota no dia-a-dia no trabalho das equipas portuguesas.
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