Vera Catia dos Santos Almeida, 26 anos, nasceu perto de Viseu, é cabeleireira (no seu próprio salão : Catstyle Coiffure em Montreux) e é jogadora da Juventus HC.
Pedro Antunes - Olá Catia ! Há quantos anos estás na Suiça ?
Catia Almeida : Olá Pedro. Estou na Suiça à 19 anos.
P.A. - Recebes-te há pouco tempo a nacionalidade Suiça. Sentis-te algum « frisson » especial ?
C.A. : Não, porque desde sempre me senti também Suiça. O passaporte é só a parte oficial deste meu sentimento.
C.A. : Não, porque desde sempre me senti também Suiça. O passaporte é só a parte oficial deste meu sentimento.
P.A. - O que é que a dupla nacionalidade « Suiço-Portuguesa » pode mudar à tua vida ?
C.A. : Pode por exemplo, dar-me a possibilidade de um dia representar a Suiça numa competição internacional feminina.
C.A. : Pode por exemplo, dar-me a possibilidade de um dia representar a Suiça numa competição internacional feminina.
P.A. - De onde é que vem essa tua paixão pelo hóquei ?
C.A. : Tinha 12 nos, quando o meu pai me levou a ver a Taça das Nações em Montreux. Quando vi o Paulo Alves, o Pedro Alves, o Tó Neves e toda aquela geração de jogadores extraordinários, adorei. O Paulo Alves ofereceu-me então o meu primeiro Stick e sou uma grande « Fan » dele. Esta prenda lançou em mim a paixão que tenho pelo Hoquei.
C.A. : Tinha 12 nos, quando o meu pai me levou a ver a Taça das Nações em Montreux. Quando vi o Paulo Alves, o Pedro Alves, o Tó Neves e toda aquela geração de jogadores extraordinários, adorei. O Paulo Alves ofereceu-me então o meu primeiro Stick e sou uma grande « Fan » dele. Esta prenda lançou em mim a paixão que tenho pelo Hoquei.
P.A. - Há quantos anos é que começás-te a jogar ?
C.A. : Tinha 12 anos quando começei a jogar.
C.A. : Tinha 12 anos quando começei a jogar.
P.A. - Este ano está a correr bem para a tua equipa. Conta lá um pouco…
C.A. : Fizemos um super campeonato. Ficámos em 3° lugar no nacional feminino e jogámos a ½ final da taça Suiça que perdemos 7-4 em casa das Campeãs Suiças deste ano, o Diessbach.
Para nós, que temos uma equipa muito jovem, foi muito bom.
C.A. : Fizemos um super campeonato. Ficámos em 3° lugar no nacional feminino e jogámos a ½ final da taça Suiça que perdemos 7-4 em casa das Campeãs Suiças deste ano, o Diessbach.
Para nós, que temos uma equipa muito jovem, foi muito bom.
P.A. - Quais são as maiores dificuldades para uma jogadora no mundo do hóquei?
C.A. : É dificil para uma mulher, impor-se num desporto que « nasceu para os homens ».
Só há relativamente pouco tempo, é que se realizam provas importantes para o hóquei feminino.
Mas felizmente essa imagem está a mudar e já há muitas mulheres que jogam melhor que alguns homens…
C.A. : É dificil para uma mulher, impor-se num desporto que « nasceu para os homens ».
Só há relativamente pouco tempo, é que se realizam provas importantes para o hóquei feminino.
Mas felizmente essa imagem está a mudar e já há muitas mulheres que jogam melhor que alguns homens…
P.A. - E na Suiça?
C.A. : Antigamente olhavam para nós, como umas meninas bonitas, que não sabiam jogar nada, nem rematar, etc… Hoje já é diferente. Há muita gente a seguir os nossos jogos.
Os horários de trabalho, também dificultam a nossa evolução, porque chegamos cansadas e por vezes é difícil fazer o que o treinador nos pede.
C.A. : Antigamente olhavam para nós, como umas meninas bonitas, que não sabiam jogar nada, nem rematar, etc… Hoje já é diferente. Há muita gente a seguir os nossos jogos.
Os horários de trabalho, também dificultam a nossa evolução, porque chegamos cansadas e por vezes é difícil fazer o que o treinador nos pede.
P.A. - Como é que descreves o ambiente da tua equipa (Juventus HC), dentro e fora do rinque?
C.A. : Nos balneários é o delírio total. Nos jogos somos solidárias. Fora do hóquei é sempre « Uma Festa » (risos)...
C.A. : Nos balneários é o delírio total. Nos jogos somos solidárias. Fora do hóquei é sempre « Uma Festa » (risos)...
P.A. - Qual foi o jogo mais emotivo que jogás-te até hoje ?
C.A. : Há muitos, mas o que gostei mais, foi um jogo que tive na Maia, no mundialito de clubes (Já foi á 8-9 anos…)
Quando jogámos contra a Maia, estavam para aí 1500 espectadores a cantar « Maia, Maia, Maia »…
Quando entrei para o rinque tinha as pernas a tremer por todos os lados… Estava tão nervosa que nem sabia como é que me chamava (risos)… O Público estava fantástico.
C.A. : Há muitos, mas o que gostei mais, foi um jogo que tive na Maia, no mundialito de clubes (Já foi á 8-9 anos…)
Quando jogámos contra a Maia, estavam para aí 1500 espectadores a cantar « Maia, Maia, Maia »…
Quando entrei para o rinque tinha as pernas a tremer por todos os lados… Estava tão nervosa que nem sabia como é que me chamava (risos)… O Público estava fantástico.
P.A. - E jogo mais emotivo que vives-te como espectadora ?
C.A. : Todos os “Portugal-Espanha”. Sinto-me como se estivesse em campo. Torço por Portugal do primeiro ao último segundo.
C.A. : Todos os “Portugal-Espanha”. Sinto-me como se estivesse em campo. Torço por Portugal do primeiro ao último segundo.
P.A. - Qual é o teu maior sonho desportivo ?
C.A. : Fazer um Campeonato da Europa ou do Mundo e se possível GANHAR !…
C.A. : Fazer um Campeonato da Europa ou do Mundo e se possível GANHAR !…
P.A. - Quais foram os melhores momentos que o hóquei te deu ?
C.A. : As fotos que fiz com os jogadores portugueses, graças também ao Sr. Jorge Elias, que me motiviou para eu ir ter com eles e tirar as fotos. Este ano, fui tradutora e acompanhante da seleção Portuguesa durante a Taça das Nações e vivi também momentos inesquecíveis com toda a comitiva.
C.A. : As fotos que fiz com os jogadores portugueses, graças também ao Sr. Jorge Elias, que me motiviou para eu ir ter com eles e tirar as fotos. Este ano, fui tradutora e acompanhante da seleção Portuguesa durante a Taça das Nações e vivi também momentos inesquecíveis com toda a comitiva.
P.A. - Um épisódio engraçado para contar ?
C.A. : Quando tinha 10-11 anos, fui eu que entrei em pista, com a bandeira de Portugal e com os jogadores a seguirem-me. O Filipe Santos, passou sem crer com os patins por cima dos meus pés e fiquei a ver estrelas (risos)… Depois pediu-me desculpa e nunca mais esqueci esse momento.
P.A. - Uma mensagem para terminar :
C.A. : Espero que haja cada vez mais meninas a vir para o hoquei, com motivação, vontade, coragem e que não tenham medo, porque o hoquei é um desporto espectacular.
Joguem com paixão.
Obrigado querida Catia.
Grande abraço deste teu amigo,
Pedro Antunes
http://patinslover.blogspot.com
C.A. : Quando tinha 10-11 anos, fui eu que entrei em pista, com a bandeira de Portugal e com os jogadores a seguirem-me. O Filipe Santos, passou sem crer com os patins por cima dos meus pés e fiquei a ver estrelas (risos)… Depois pediu-me desculpa e nunca mais esqueci esse momento.
P.A. - Uma mensagem para terminar :
C.A. : Espero que haja cada vez mais meninas a vir para o hoquei, com motivação, vontade, coragem e que não tenham medo, porque o hoquei é um desporto espectacular.
Joguem com paixão.
Obrigado querida Catia.
Grande abraço deste teu amigo,
Pedro Antunes
http://patinslover.blogspot.com
3 commentaires:
É sempre bom lembrar as pessoas que o hóquei em patins feminino existe.
Parabéns pela entrevista. Parabéns à Cátia, Parabéns pelo trabalho que tens feito Pedro e Parabéns pelo destaque ao hóquei em patins feminino.
Um Abraço
E viva o hoquei em patins feminino/masculino. Aqui, em Tavira, assisti ao vivo, há uns anos atrás, a um Mundial Feminino de Hóckey em Patins, mas... foi árvore que deu frutos!... Nunca mais tivemos coisa igual ou parecida no sul (Algarve) do país. Razão tem o "outro" o sul é um deserto!
Pedro
Conheci hoje a Cátia no Torneio dos Lobinhos, onde as meninas da Juventus estiveram presentes.
Ao nível hoquístico, portaram-se muito bem, com uma equipa aguerrida e boa a nível táctico.
Como pessoa, vi uma pessoa que olha para o hoquei com prazer.
Um bem hajam a todos. Boa sorte a nível pessoa e desportivo.
Jorge Oliveira
Treinador dos lobinhos e do ACtojal
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