Entrevista a Helder Antunes, Treinador da equipa feminina do Carvalhos, que obteve um excelente 3° lugar no torneio internacional organizado pelo Liceo Da Coruña nos dias 4 & 5.01.2008:
Pedro Antunes (PA) - Olá Helder! Como é que vives-te este torneio?
Helder Antunes (HA) – Boas Pedro. Vivi este torneio de uma forma muito simples. Profissionalismo como treinador, diversão nas horas vagas como pessoa e aprendiz como aluno na troca de ideias, informação e visualização de “coisas“ novas.
PA – Pensas que o Biesca pode ser de novo Campeão europeu este ano ?
HA – Penso que sim, têm uma grande equipa e grandes jogadoras, mas tudo depende das equipas que irão participar nesta prova, porque há clubes, nomeadamente em Portugal que podem fazer muito bem frente e superiorizarem-se à equipa do Biesca. Depois, tudo também depende de como o Biesca poderá chegar a esta prova, uma vez que muitas vezes as equipas atravessam períodos menos bons. Mas têm condições para lutar e tentar revalidar de novo o título.
PA – Pensas que o nível do hóquei feminino de clubes à mais ou menos equilibrado em Portugal, Espanha e França ?
HA – Penso que em Portugal o campeonato é muito mais competitivo
que nos restantes países, porque embora hajam equipas muito fortes em Portugal, nomeadamente a Fundação Nortecoope, HC Mealhada e CD Nortecoope, há um grande equilibrio e competitividade entre as restantes equipas e qualquer uma dessas restantes também tem « argumentos ». Em Espanha e França, isso não acontece, existem apenas 2 ou 3 equipas claramente superiores às restantes e por isso o campeonato nesses países perdem alguma competitividade, mas ao contrário e sem sombra de dúvidas, penso que a Espanha e a França estão uma década à nossa frente na forma como trabalham a formação e na forma como se dedicam ao feminino e à competição.
PA – O que é que te surpreendeu mais pela positiva ? E pela negativa ?
HA – Pela positiva surpreendeu-me a jogadora do Biesca Gijon, a Natasha. Uma jogadora de grande nível e de uma qualidade impressionante. Não posso também deixar de referenciar ainda pela positiva a forma como as guarda-redes espanholas são trabalhadas e abordam o jogo, o facto de um clube como o Liceo ter nada mais nada menos que mais de mil jogadores de formação e o espirito familiar que o torneio teve. Pela negativa destaco por exemplo o facto de cada país dar um nome diferente ao hóquei em patins, o facto das regras de jogo não serem universais, uma vez que em Espanha se joga com o patim e o critério dos árbitros é bem diferente do que estamos habituados em Portugal e no meu entender o « abuso » do treinador do Coutras ao ter dado indicações às suas atletas para entrarem em campo no intervalo do jogo Carvalhos – Stª Maria Pilar, para efectuarem o seu aquecimento e ainda se ter mostrado incomodado com o facto de ter que sair da pista para que o nosso jogo recomeçasse.
PA – O que é que pensas que esta experiencia, poderá trazer de novo à tua equipa ?
HA – Esta experiência serviu acima de tudo para fazermos um ponto da real situação em que se encontra a equipa e algumas jogadoras, para vermos o que temos de melhorar e rectificar para os jogos que ainda faltam do campeonato.
A experiência serviu para testar soluções, permitiu medir forças com grandes equipas como o Biesca, serviu também para dar mais minutos às jogadoras, serviu também para adquirir uma real noção das diferenças entre o nosso hóquei e por exemplo o espanhol.
Penso que nos poderá trazer uma maior maturidade e uma maior responsabilidade sobre a forma como as nossas jogadoras devem abordar a competição e sobretudo o treino.
Uma consequência já directa deste torneio foi a nossa jovem jogadora Patrícia, das sub-16, ter agarrado tão bem as oportunidades dadas, que foi já promovida ao plantel senior feminino.
PA – Objectivos para esta época com o teu Carvalhos ?
HA – Como objectivos traçados temos muitos, quer a nível colectivo, quer a nível individual, porque nós traçamos semanalmente vários objectivos e muitas são as vezes que temos objectivos que não estão ligados directamente à competição. Um clube como os Carvalhos não pode nunca ter outros pensamentos que não sejam dar o melhor de todos e de cada um e que todos os jogos são para se vencer. Como meta para este campeonato e respondendo mais à questão temos traçado tentar atingir o apuramento para a fase seguinte da prova.
PA – Obrigado Helder. Que este ano te possa trazer muitas alegrias, tanto a nível desportivo, como familiar e profissional.
Grande abraço.
Mais informações no site do Mundo do Hoquei :
Apresentação do torneio (aqui)
Reportagem completa (aqui)
*****
Blog do Prof. Helder Antunes (aqui)
Fotos Helder Antunes
Pedro Antunes (PA) - Olá Helder! Como é que vives-te este torneio?
Helder Antunes (HA) – Boas Pedro. Vivi este torneio de uma forma muito simples. Profissionalismo como treinador, diversão nas horas vagas como pessoa e aprendiz como aluno na troca de ideias, informação e visualização de “coisas“ novas.PA – Pensas que o Biesca pode ser de novo Campeão europeu este ano ?
HA – Penso que sim, têm uma grande equipa e grandes jogadoras, mas tudo depende das equipas que irão participar nesta prova, porque há clubes, nomeadamente em Portugal que podem fazer muito bem frente e superiorizarem-se à equipa do Biesca. Depois, tudo também depende de como o Biesca poderá chegar a esta prova, uma vez que muitas vezes as equipas atravessam períodos menos bons. Mas têm condições para lutar e tentar revalidar de novo o título.
PA – Pensas que o nível do hóquei feminino de clubes à mais ou menos equilibrado em Portugal, Espanha e França ?
HA – Penso que em Portugal o campeonato é muito mais competitivo
que nos restantes países, porque embora hajam equipas muito fortes em Portugal, nomeadamente a Fundação Nortecoope, HC Mealhada e CD Nortecoope, há um grande equilibrio e competitividade entre as restantes equipas e qualquer uma dessas restantes também tem « argumentos ». Em Espanha e França, isso não acontece, existem apenas 2 ou 3 equipas claramente superiores às restantes e por isso o campeonato nesses países perdem alguma competitividade, mas ao contrário e sem sombra de dúvidas, penso que a Espanha e a França estão uma década à nossa frente na forma como trabalham a formação e na forma como se dedicam ao feminino e à competição.PA – O que é que te surpreendeu mais pela positiva ? E pela negativa ?
HA – Pela positiva surpreendeu-me a jogadora do Biesca Gijon, a Natasha. Uma jogadora de grande nível e de uma qualidade impressionante. Não posso também deixar de referenciar ainda pela positiva a forma como as guarda-redes espanholas são trabalhadas e abordam o jogo, o facto de um clube como o Liceo ter nada mais nada menos que mais de mil jogadores de formação e o espirito familiar que o torneio teve. Pela negativa destaco por exemplo o facto de cada país dar um nome diferente ao hóquei em patins, o facto das regras de jogo não serem universais, uma vez que em Espanha se joga com o patim e o critério dos árbitros é bem diferente do que estamos habituados em Portugal e no meu entender o « abuso » do treinador do Coutras ao ter dado indicações às suas atletas para entrarem em campo no intervalo do jogo Carvalhos – Stª Maria Pilar, para efectuarem o seu aquecimento e ainda se ter mostrado incomodado com o facto de ter que sair da pista para que o nosso jogo recomeçasse.PA – O que é que pensas que esta experiencia, poderá trazer de novo à tua equipa ?
HA – Esta experiência serviu acima de tudo para fazermos um ponto da real situação em que se encontra a equipa e algumas jogadoras, para vermos o que temos de melhorar e rectificar para os jogos que ainda faltam do campeonato.
A experiência serviu para testar soluções, permitiu medir forças com grandes equipas como o Biesca, serviu também para dar mais minutos às jogadoras, serviu também para adquirir uma real noção das diferenças entre o nosso hóquei e por exemplo o espanhol.
Penso que nos poderá trazer uma maior maturidade e uma maior responsabilidade sobre a forma como as nossas jogadoras devem abordar a competição e sobretudo o treino.
Uma consequência já directa deste torneio foi a nossa jovem jogadora Patrícia, das sub-16, ter agarrado tão bem as oportunidades dadas, que foi já promovida ao plantel senior feminino.
PA – Objectivos para esta época com o teu Carvalhos ?
HA – Como objectivos traçados temos muitos, quer a nível colectivo, quer a nível individual, porque nós traçamos semanalmente vários objectivos e muitas são as vezes que temos objectivos que não estão ligados directamente à competição. Um clube como os Carvalhos não pode nunca ter outros pensamentos que não sejam dar o melhor de todos e de cada um e que todos os jogos são para se vencer. Como meta para este campeonato e respondendo mais à questão temos traçado tentar atingir o apuramento para a fase seguinte da prova.
PA – Obrigado Helder. Que este ano te possa trazer muitas alegrias, tanto a nível desportivo, como familiar e profissional.
Grande abraço.
Mais informações no site do Mundo do Hoquei :
Apresentação do torneio (aqui)
Reportagem completa (aqui)
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Blog do Prof. Helder Antunes (aqui)
Fotos Helder Antunes
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