13 septembre 2007

Reflexões « As escolhas do treinador »

Já várias vezes escrevi que “As coisas nem sempre saem como a gente quer”!

Seja qual for a equipa, seja qual for o treinador, seja em que desporto for, seja em que situação da vida for…

Hoje vou só falar do exemplo da seleção portuguesa de futebol, nos jogos contra a Polonia e a Servia.

Portugal tem um treinador Campeão do Mundo, Vice-Campeão da Europa, experiente e sábio.

Portugal tem jogadores que são por muitos considerados dos melhores do mundo.

No jogo contra a Polonia, Portugal sofreu um primeiro golo, que nasceu de um remate de longe, em que a defesa não fez pressão sobre o jogador.
No Intervalo, Filipe Scolari, mostrou as imagens do golo, chamou de certeza à atenção de todos, a importancia de isso não voltar a acontecer.
A 5 minutos do fim do jogo, a mesma situação voltou a acontecer e a Polonia obteve assim o empate…

Nos dias seguintes, Scolari, (re)falou de certeza outra vez nesse ponto e na importancia de não cometer erros nos últimos minutos dos jogos.

Pois é… Contra a Sérbia, voltamos a sofrer o empate a 5 minutos do fim do jogo…

Depois fala-se das escolhas… Que o Deco não está a jogar nada, o Nuno Gomes também não, etc…
Ontem o Deco, o Nuno Gomes e o Maniche foram substituidos, quando Portugal vencia por 1-0. A jogarem bem ou mal, Portugal estava a vencer…

O publico aplaudiu todas as substituições, sobretudo as entradas !

E no fim acabámos por empatar o jogo.

Como costume dizer: "SE... a minha avó não tivesse morrido, ainda hoje era viva"…

Fazemos sempre aquilo que pensamos ser o melhor para a equipa, mas "As coisas nem sempre saem como a gente quer". Não somos nenhuns Deuses !

E que, quer tenhas 20, 40 ou 60 anos, por vezes tens reações que ninguém está á espera...

Pedro Antunes.

3 commentaires:

Anonyme a dit…

Caro Pedro,
infelizmente, o problema é mais profundo e não o podemos resumir à análise feita em 2 jogos.

Se não te importas, vou também incluir na minha análise a atitude que este senhor teve no final do encontro, sendo desta feita o protagonista-mor de mais uma daquelas situações embaraçosas e vergonhosas de que as selecções são pródigas sempre que as coisas não correm bem.

Para a análise ficar completa, tenho de recuar até à sua chegada. Scolari ganhou protagonismo para si e para o seu projecto logo à chegada. Foi fácil para ele perceber que género de atitudes poderiam dar-lhe pontos: hostilizar as gentes do norte, do FC Porto, e interromper a carreira do Baía a nível de selecção.

Portugal ia organizar o Europeu, e ele teve o mérito de conseguir unir um grupo e obter o apoio de um país, farto de ver a selecção perder, e provavelmente farto também de só ver um clube ganhar. Bons skills de liderança, como treinador, infelizmente, foi sempre apresentando sinais preocupantes de lhe faltar muita coisa, a nível técnico e em termos de carácter.

Infelizmente, Portugal perde no Euro-2004 uma oportunidade única de vencer alguma coisa a nível de selecção. O Sr. Scolari, para mim, no centro das atenções: nos 4-5 meses anteriores, recebeu em CASA a Grécia 3 vezes, sem nunca ter percebido como dar a volta ao adversário. O balanço: 1 empate e 2 derrotas. E um título europeu à vida. Permito-me fazer esta análise tão fria, porque o meu clube, nesse mesmo ano, foi campeão da europa e do mundo. Esse projecto sim, sem divergências, com toda a gente a remar para o mesmo lado, com jogadores fantásticos, e com um treinador e um presidente do melhor que o mundo do futebol tem para oferecer. Pedro, uns vencem, outros são os "primeiros dos últimos". Não é por mero acaso...

Adiante, o Sr Scolari continuou a marcar pontos, ganhando o título de «durão», que não se dobrava à influência do FCP. Um detalhe escapou sempre à opinião pública...enquanto o projecto dele acumulou classificações "honrosas", assistiu aos triunfos do FC Porto - uma Taça UEFA, um título europeu e um título mundial e quase todos os títulos nacionais desde então. O Vítor Baía já teve tempo de encerrar a sua brilhante carreira, sendo recordista de títulos a nível mundial. A escolha do Scolari para o lugar do Baía (foi aquele, mas poderia ter sido outro qualquer) teve a influência que teve na final do Euro, e numa final da UEFA, jogada pelo seu clube. É só comparar e tirar conclusões.

Mas há mais...na selecção não há lugar para maiores protagonismos. Nunca foi capaz de se organizar em condições com o responsável dos sub-21, ou de qq outra selecção. Hoje em dia, Portugal perde em toda a linha nas classes jovens. Também no ranking da selecção principal, a queda irá forçosamente acontecer.

E porquê? Porque temos um indivíduo burro, teimoso, malcriado e mau carácter à frente da nossa selecção. Simples.

Conseguiu um 2º e um 4º lugar? Claro que sim, as melhores classificações de há muito. Mas deveria ter conseguido um título no europeu, aproveitando o "balanço" da espinha dorsal dessa equipa. Não foi capaz. Sei distinguir entre um projecto vencedor, e um projecto de vitórias morais, tão ao gosto da tal maioria, mas que já tirei do meu diccionário. Felizmente, o meu clube mostra que é possível vencer.

Para o fim fica uma revelação. Este senhor mostra uma invulgar queda para o pugilismo. Perfeitamente à vontade perante o país que escolheu "endeusá-lo", vem com desplante negar que cometeu uma agressão. Perde ali uma excelente ocasião de pedir desculpa e de por o seu lugar à disposição. Não o faz, obviamente.

No recente mundial de juniores, um acto irreflectido de um jovem atleta do FCP valeu-lhe por parte da FPF 1 (UM) ano de suspensão! Antes da sentença, o Presidente Madaíl anunciava aos sete céus que haveria medidas exemplares.

E agora, Sr Madaíl, como vai ser?

Anonyme a dit…

Num processo de desenvolvimento de uma equipa , seja Selecção ,Clube, jogador(es)(as), tal como na vida, a evolução decorre em ciclos e cada ciclo tem um fim especifico.
Temos uma história que facilmente comprova a nossa mediocre cultura desportiva.
A mim, sobretudo, preocupa-me o HPatins a realidade é prova de que perdemos alguma capacidade de desenvolvimento de estratégias para assumir compromissos mais arrojados.Deveríamos ter uma preocupação estratégica de estarmos com o sinal dos tempos e de certo modo liderar as boas práticas ou que de melhor se pode fazer na metedologia do treino independentemente das tendências.
Urge dar inicio ao ciclo das competências ou dos competentes, que deverá ser marcado essencialmente por uma necessidade entre outras - a de provarmos com resultados acima das expectativas que as dinâmicas de treino constituem para o HPatins uma oportunidade e não uma fatalidade.
Reforçar a consciência do valor do Jogador e sublinhar a importância de se conhecerem em profundidade as suas motivações pessoais e sociais.
Tenho experiência suficientemente diversificada em clubes e processos de treino para chegar à sintese valiosa para acreditar se bem que provisóriamente em tudo o que quiser, mas saber reconhecer que no final das contas, o que soma é o resultado final. Tudo o resto é exercício injustificável de retórica pela qual eu não dou nada.


Clubes dos Treinadores (Pensadores do HPatins)


Bem Haja

Unknown a dit…

fui ver os dois jogos ao estadio e a percepçao que temos do jogo é completamente diferente do que se vê na tv,concordo com alguns dos teus comentarios,mas nao posso é estar satisfeito como adepto com a falta de atitude de alguns jogadores,dias maus todos temos mas pelo menos temos de mostrar vontade em todos os lances disputados.Em relaçao ao treinador nao ponho em causa os seus conhecimentos mas penso que deveria adapatar o esquema de jogo consoante o adversario e nao jogar sempre da mesma forma. um abraço

ricardo faria(jogador e treinador de escolinhas de futebol)