16 février 2010

SAUDE: Receitas "com letra de médico"...

Assunto: Receitas "com letra de médico"...
por António Feio (o actor) - parece anedota, mas não é!

É contada na 1ª pessoa e com algum sentido de humor porque de um humorista se trata, mas poderia ter sido bem mais dramática se não fosse detectado o erro humano a tempo e horas. Senão vejamos. Ou antes... passemos à leitura do caso contado por António Feio que, como todos sabemos, anda a contas com um bichinho malvado que lhe quer causar estragos e que ele quer debelar com muita determinação e força.

"Na semana passada fiz a minha primeira sessão de quimioterapia.
O meu Oncologista receitou-me um medicamento para os enjoos (SOS) que eu muito cautelosamente fui comprar à farmácia. Eram 13h30 e estava eu à porta da Farmácia para aviar a receita. Para espanto meu, percebo que a Farmácia fecha à hora de almoço. Ok. A solução era voltar uma hora mais tarde e assim o fiz.

Quando voltei pouco antes das 14h30 (hora de reabrir) esperei que a porta abrisse. Esperei e continuei a esperar até às 14h45. E lá chegou uma senhora a falar ao telemóvel que devia estar a tratar de um assunto muito importante porque a porta primeiro que abrisse ainda demorou mais uns cinco minutos.

Finalmente consegui entregar a receita à senhora da Farmácia. Confesso que o ar da senhora era no mínimo assustador. A receita (ainda a tenho comigo, assim como o recibo do remédio) tinha escrito METOCLOPRAMIDE.
Paguei e vim-me embora.

Durante esse dia e os seguintes, os tais sintomas de enjoos e náuseas provocados pela quimioterapia deitaram-me completamente abaixo. Fui mesmo obrigado a cancelar os espectáculos que tinha a norte do País.

Na sexta-feira fui ter com o meu oncologista para lhe pedir qualquer coisa que me aliviasse o mal estar. Ele assim o fez e receitou-me um outro remédio que comecei a tomar logo e que rapidamente começou a fazer efeito. No Sábado, Domingo e Segunda, voltei a sentir-me bem.

Hoje fui novamente ao Hospital para fazer a segunda sessão de quimioterapia e, qual não é o meu espanto, quando falava do meu estado de má disposição da semana passada e mostrava os comprimidos que andava a tomar, quando percebi que o remédio que eu andava a tomar para os enjoos não era para os enjoos mas sim para a Diabetes. Em vez do tal METOCLOPRAMIDE, estava a tomar METFORMINA.

A senhora da Farmácia tinha-me, pura e simplesmente, dado um medicamento errado.

Não só passei vários dias a tomar um remédio que não me aliviava, como ainda por cima, me diminuía os níveis de açúcar no sangue!!!
Podia só ter tido um ataque de hipoglicemia.
Este texto é só um desabafo.

Agora saiam da frente que eu vou ali abaixo "TRATAR DA SAÚDE" à senhora da Farmácia. Ou não fosse hoje o DIA MUNDIAL DA SAÚDE (LOL)"

Parece uma "Conversa da Treta" mas foi de verdade! Dá para acreditar? Como é possível existir pessoas com tamanha incapacidade para o bom desempenho das suas funções profissionais? Em lugares como este não é suposto estar alguém de idoneidade comprovada para a função? Assim... não!!!! Sempre ouvi dizer que: - "com a saúde não se brinca"

Todo este engano e mais que se têm verificado, são em minha opinião por culpa dos médicos e dos políticos não só dos farmacêuticos.
Senão vejamos:
Porque carga de água 90% dos médicos continuam a escrever aquela letra chamada de médico, que eu raramente entendo uma letra quanto mais uma palavra. Será que este tipo de escrita não pode enganar um farmacêutico, quando se trata de um medicamento com nome parecido como foi o caso desta situação?

Porquê os políticos não criam lei para que estes senhores sejam obrigados a escrever letra bem legível ou até de imprensa para evitar situações gravíssimas para os doentes.

Reenviem este e-mail para a maior gente possível para ver se tem algum eco na cabeça de quem nos governa.
*
- Info: Manuel Sousa

1 commentaire:

Luciano Rodrigues a dit…

É um caso parvo, claro. A Sra. Farmacêutica se não tinha a certeza do que estava a ler, bastava perguntar para que queria o medicamento porque é tão básico que ela via logo.

Quanto à "letra de médico", está para acabar, grande parte das receitas no futuro próximo serão informatizadas e portanto está resolvido. No passado e na actualidade, de facto causa confusão, mas apenas a quem não está por dentro, quem é do meio facilmente percebe. Quando não percebe, não avia a receita.